Rapidinha: Heidelberg


Há um mês de volta na Alemanha, depois de enfrentar a neve como não o fiz ano passado, trabalhar oito dias seguidos, já sabia o que precisava: de uma viagem rápida. A outra razão, claro, é que fico apenas mais 6 meses por aqui, então é hora de correr atrás do tempo perdido e, em vez de receber colegas e amigos em casa, decidi que sou quem vou ao seu encontro! Por isso, embora meu querido amigo Matheus dissesse que queria fazer uma visitinha onde moro, eu respondi, "peralá! Tu tá desde agosto em Heidelberg e ainda não fui pra essas bandas! Calma, que tô chegando!". Ele achou massa e me debandei por três dias para a cidade com ares de idade média, com bem menos contrastes entre a cidade velha e a nova, tal qual em Frankfurt, mas que se assemelha à esta última no sentido de ser cortada por um rio (o Neca, me explicou Matheuzinho).

Lá atrás vemos o Castelo de Heidelberg, com suas torres destruídas pela França em 1600 e bolinha


Matheus contemplando a paisagem. Não se deixe enganar pelo sol: tava a maior friaca!

Ao contrário de Frankfurt, em Heidelberg não vemos prédios modernos e guindastes, mas montanhas e montanhas. Bucólico.

Uma das partes mais legais da viagem foi andar de bicicleta. Lembrei-me de quanto estive em Sampa há um ano (saudades...), onde dei uma pedalada bacana de Pinheiros até o Parque Villa-Lobos. Em Heidelberg, fomos até a Universidade, onde ele estuda. E o mais engraçado, pasmem (!), foi quando Matheus parou seu mini-tour em meio ao campus e disse:

- Jana, saca só... tá vendo aquele prédio ali?
- Hum?
- É uma prisão!!
- Caraca, véi!
Rimos e eu lá chocada, com uma prisão ao lado de um prédio com salas de aula.
- Já pensou? - disse Matheus - tu tá lá de boa, estudante, e do lado tem um presídio!

Só esqueci de tirar foto pra provar, mas que tá lá tá. :-p

Neste dia não chegamos a ir até o castelo, porque tava frio e eu cansada. Acabamos fazendo no meu último de viagem, no domingo.

Agora queria falar de onde fiquei hospedada, a casa em que Matheus está morando. Um lugar super bacana com uma Vermitllerin (aquela quem aluga o espaço) sen-sa-ci-o-nal. Com ela, tomamos chá, café, suco (sim, tudo isso, porque ela não parava de nos oferecer bebida e comida) e comemos biscoitos e pão e tudo mais, enquanto jogávamos conversa fora. Sua mãe, de 80 anos que mora no Senegal no meio do mato, logo se juntou ao grupo e falamos sobre tudo e mais um pouco. As imagens da casa que mais me chamaram atenção, você vê aí embaixo.

Casa do vizinho, com as charmosas janelas vermelhinhas.

Mensagem de Natal logo à porta, para fazer o visitante ou o passeante se sentir em casa.

Não vamos esquecer de tomar cuidado com o cão.
Depois do chá-suco-café das cinco, partimos para encontrar um colega que não via há oito anos! Conheci-o em Brasília e fiquei de cara quando ele disse que já esteve 11 vezes no Brasil, sendo que a 12ª ainda pode acontecer este ano hahaha Tomamos uma caipirinha no apê dele, conhecemos seu aquário com camarões pequeninhos e partimos em busca da festa da filosofia - curso que Matheus faz em Heilderberg -, a qual não encontramos. Seguimos para um bar de música meio espanhola e, depois que meu colega, eu e Matheus acabamos encontrando o tal lugar da festa, onde, depois de passar uma hora na fila para entrar, conseguimos dançar umas duas horas. No dia seguinte, reencontramos meu colega para patinar no gelo - nem quero falar aqui da minha negação e do meu medo a este respeito, apenas que tentei e tentei - não caí nenhuma vez, mas também não consegui patinar muito, não!

No meu terceiro e último dia de viagem, fomos finalmente passear mais uma vez de bike e subir até o castelo, depois dar um último rolé pela cidade, com direito a duas cervas antes de retornar pra casa pra tomar banho e bater em retirada.

Esqueci de contar que no primeiro dia Matheus quebrou a chave dentro do cadeado que, por sinal, prendia ambas as biciletas? Parecíamos dois patetinhas empurrando-as pela cidade, uma grudada na outra, colocando-as dentro do trem feito bicicletas siameses... como ele disse, um verdadeiro trabalho em equipe - ou dupla de atrapalhados! ;-) 


Vista do castelo e de Heidelberg

Torre destruída por tropas francesas

Reparem nas janelas ao fundo

Não é um muro só, não! No meio, tratra-se de um pátio!
Por fim, gostaria de apresentar meu novo companheiro de viagem, o Koko. É um macaquinho de pelúcia que ganhei de Natal e é muito fofo, mas muito fofo mesmo - literalmente. Ele figurará nos registros das próximas viagens e espero que gostem!

Koko em sua primeira viagem, em Heildeberg

Eu e Koko, dando um visu na paisagem.


Vista sob o castelo de Heidelberg


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