Embora Brasília seja associada a dois nomes apenas, isto é, Oscar Niemeyer e Juscelino Kubitschek, há outros nomes de peso que fizeram da capital do Brasil um lugar tão singular e de reconhecimento mundial.
O primeiro deles, bastante negligenciado, é o de Lúcio Costa. Muitas vezes, preciso explicar aos colegas que quem desenhou o famoso plano da cidade em formato de avião baseado nas escalas monumental, residencial, gregária e bucólica foi Lúcio Costa, não Niemeyer. Além dos endereços baseados em números e letras, claro. Mas, isso é motivo para outra postagem. O que importa é que pouco conhecido em solo brasileiro, Lúcio Costa recebeu o título de professor "honoris causa" da Harvard University (EUA) em 1960, entre outros ao redor do mundo.
Já Niemeyer, para quem não sabe, na verdade, trabalhou para Lúcio Costa, por meio do qual - mais uma vez, pasme! - foi apresentado ao arquiteto francês Le Corbusier, este que teve grande influência na sua vida e carreira.
Aliás, o arquiteto só se envolvia com gente boa. Quando nomeado coordenador da Escola de Arquitetura da recém-fundada UnB (Universidade de Brasília) no início dos anos 1960, a reitoria cabia a ninguém menos que o antropólogo Darcy Ribeiro. Ô belezura, né? Seu rol de amigos e colaboradores de suas obras incluíram famosos como Portinari, Bruno Giorgi, Tomie Ohtake e Burle Marx. Este último foi, por assim dizer, jardineiro de Brasília.
O projeto paisagístico concebido por plantas tropicais ou da flora brasileira que ajuda a suavizar a dureza do concreto das obras de Niemeyer ou ocupar os grandes espaços deixados pelo projeto de Lúcio Costa é de sua autoria. Seu trabalho mais conhecido, no entanto, é o calçadão de Copacabana. Isso vocêtambém não sabia, não é? Pois é.
O projeto paisagístico concebido por plantas tropicais ou da flora brasileira que ajuda a suavizar a dureza do concreto das obras de Niemeyer ou ocupar os grandes espaços deixados pelo projeto de Lúcio Costa é de sua autoria. Seu trabalho mais conhecido, no entanto, é o calçadão de Copacabana. Isso você
Por fim, Athos Bulcão está por toda parte em Brasília, mas embora muitos o notem, poucos o reconhecem. Estou falando dos paineis de azuleijos coloridos decorando as paredes cinzentas concebidas por Niemeyer, chamando a atenção dos transeuntes mais ou menos atentos. O barato da sua obra é que ela é um verdadeiro museu a céu aberto, quer seja embaixo de um bloco residencial, quer na magnitude do Teatro Nacional. Athos também só se envolveu com os tops, como Manuel Bandeira e Fernando Sabino, mas foi com Portinari, a quem foi apresentado aos 21 anos, que desenvolveu sua técnica de desenhos e cores. Veja galeria de fotos da sua obra aqui.
MAS nada disso seria possível sem o esforço dos candangos, brasileiros de outras regiões que participaram da construção da nova capital federal. E tudo ficou de herança, claro, para os brasilienses, aqueles que nascem na capital federal.
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