5 coisas para NÃO se dizer a alguém de Brasília!

Amo Brasília. Mesmo. E, por isso, faz parte do meu amor defender a cidade que escolhi para chamar de minha, especialmente quando preciso rebater clichês propagados por aí sobre a capital do Brasil durante viagens pelo país e, inclusive, mundo afora.

Infelizmente, muitas das ideias equivocadas que se têm de Brasília são perpetuadas em grande parte por falta de conhecimento de causa (como alegar que a cidade é povoada por políticos e funcionários públicos) e mantidas pela falta de interesse da grande mídia nacional, focada quase que exclusicamente nos eixos Rio-São Paulo ou Nordeste quando se trata de diversão e entretenimento, enquanto a capital federal é retratada apenas como um centro político. Tem até uma frase de autoria de um poeta muito querido na cidade que, entretanto, considero um desserviço à imagem real da capital (aqui).

Por essas e outras que as pessoas que nasceram ou escolheram Brasília para viver se aborrecem quando são confrontadas com perguntas ou declarações pretensamente engraçadas que acabam se revelando simplesmente leigas ou discriminatórias. 

É aí que entra uma pequena lista de situações que devem ser evitadas na próxima vez que você topar com alguém de Brasília! E se você é ou mora aqui, certamente vai se identificar!

Voilá!

Você acaba de conhecer alguém que, inevitavelmente, pergunta de onde você é. Quando responde que é de Brasília, está preparado (ou não) para ouvir: e aí, candango!



Porque não perguntar: Candango é nome dado para os pioneiros que vieram dos demais estados brasileiros para ajudar a construir a nova capital. As pessoas nascidas em Brasília são chamadas de "brasilienses". Além do mais, o bom senso diz que é melhor evitar cunhar alguém de soteropolitano, carioca, paulistas etc. porque há lá as diferenças regionais que não são claras para quem é de fora!

Você está conversando com uma pessoa que, finalmente, sabe a diferença entre "brasilienses" e "candangos", mas em seguida pergunta se você vê a Dilma todo dia.



Porque não perguntar: Apesar de a autoridade máxima do país andar por aí pedalando com sua equipe de seguranças, essa pergunta soa tão absurda quanto indagar com que frequência fulano vê o Obama ou sicrano topa com a Angela Merkel no meio da rua só porque moram na mesma cidade que vem a ser o centro político de seu país. Como diz minha amiga Raquel Barroso, "nunca vi a Dilma, nem em desfile de 7 de setembro!"

Não satisfeita, a pessoa insiste em saber se você é amigo/parente de político.

Você está me testando, satanás?
Porque não insistir nisso: Parece até um fetiche em relação à Brasília, mas a verdade é que a cidade abriga 3 milhões de pessoas, distribuídas pelo Plano Piloto e pelas Cidades Satélites. São trabalhadores e trabalhadoras, senhoras e senhores, estudantes, calangos e calangas que desempenham as mais diversas atividades não relacionadas à política. Pode parecer incrível, mas aqui tem padaria, pet shop, supermercado, salão de beleza, cinema, lanchonete, parques, boliche, clube, boates (discotecas), bares e muito mais. Pasme: tem até bloco de carnaval. E o mais interessante é que muita gente não quer saber de politicagem e sequer viu alguém da espécie de perto, nem se tirar um dia para dar uma volta no Congresso. 

Porque, né, Brasília é o antro do país!


Porque não afirmar isso: os compatriotas dos outros estados brasileiros esquecem que a maioria esmagadora de políticos vem do restante do país ou, melhor, sequer comparecem nas sessões plenárias (confira aqui) realizadas em Brasília!

Alguém que nunca pisou os pés na cidade diz que não tem nada para fazer aqui.


Porque não afirmar isso: Mande essa pessoa acompanhar este blogue e ela irá se arrepender do que disse!

Bônus: alegam que Brasília não tem mar - e o que se faz em uma cidade sem mar?


Porque não afirmar isso: Well... Londres, Paris, Nova Iorque e Las Vegas também não! A diversão da cidade quem faz é você!

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